Acabou (recomeçando?)

... O mais importante naquele momento era cada um “se encontrar” antes de “se encontrarem”. Porém, o tempo não parecia ajudar e a partir daquele instante cada hora a mais era uma a menos pro novo encontro acontecer.

20:15: Cláudio já está pronto há uma hora enquanto Carol se apressa em se aprontar. Acabou perdendo a hora. Decidiram ir ao Lord Jim, um pub muito frequentado em Ipanema. Nesse caso o local do encontro estava em segundo plano, ou serviria apenas como pano de fundo para a conversa. Mesmo estando juntos há quase um ano, seria difícil separar o que passou do que passaria a acontecer depois daquela noite. O momento era decisivo. Como se fosse o “ponto da partida”, que nesse caso poderia servir como um novo “ponto de partida” para os dois. 20:45: Ansioso, Cláudio já não aguentava mais ver a hora não passar. Agora, não vê a hora de chegar ao flat de Carol. 21:00: Receosa, Carol decide que não vai mais ao local combinado. Enquanto espera na varanda, cultiva a esperança de que Cláudio entenda e não pretenda desistir do encontro por isso. Ele chega. Ela explica que um local público não combinaria com uma conversa tão particular. Apesar de achar o motivo irrelevante Cláudio releva e os dois entram no flat.
-- Então Cláudio. Como te falei, tem algumas coisas mal resolvidas com nós mesmos. Por isso resolví mudar. Ou pelo menos tentar. No meu caso, e você sabe disso, só o fato de tentar já significa uma mudança.
-- Claro! Até porque isso está diretamente relacionado a nós e não só a você. Não sei, mas as vezes acho que as coisas são tão confusas pra mim e tão claras pra você. E que não gostamos um do outro com a mesma intensidade.
-- Acho que não é assim. Pra mim a melhor forma de entender o outro é não tomar a si mesmo como base. Aceitar as diferenças. Pode não parecer, mas talvez eu goste até mais de você do que você de mim. Só que do meu jeito. No nosso caso o mais importante é você gostar mais de si.
-- Não tinha pensado por esse lado. Acho que isso separa o “gostar” do “sofrer por gostar”. E eu não gosto de sofrer!
-- Então não sofra! Eu não queria que nós tivéssemos passado por essa crise, mas querendo ou não agora a gente se conhece melhor...
-- Exatamente! Em todos os sentidos. E que daqui pra frente não haja mais sentido nos separar!
Naquele momento tudo conspirava a favor. Os receios viraram anseios. Os olhos, olhares. Os braços, abraços. As bocas, o beijo. Estava marcado o recomeço de uma estória que acabou de começar.

Comentários

Unknown disse…
Gostei demais do texto,pontos muito interessantes e comoja lhe disse vc está um tremendo conselheiro amoroso! Provavel que eu precise de mais papos com vc pq minha vida amorosa anda uma piada!hauahauahauahau
Leo,muito bom,excelente!Continue pq vc escreve muito bem!
bjos
.raphael. disse…
Gostei de várias coisas Léo à partir desses pontos q começaram... gostei da parte da cidade maravilhosa, acho-a um lugar de total clima pra qualquer coisa relativa ao amor. E a parte de reconciliação foi ótima!..

Quero ver oq vai dar essa história!..ehhe

abraço!