Improváveis possibilidades (provavelmente impossíveis)

... Da tempestade que passara com Carol, só lhe sobrou um copo d’água em cima da mesa e uma nova decisão a tomar. Com o desejo de “fazer a coisa certa”, ele não conseguia fazer outra coisa além de pensar: “E agora, o que eu faço?”.

12 de dezembro de 2006. Depois de tudo que passou, agora Carol não conseguia pensar em mais nada além do seu baile de formatura. Não saía da sua cabeça como aqueles quatro anos já tinham chegado ao final, afinal ela ainda se lembrava do primeiro dia de aula. Segundo seu pai, Paulo, na vida, quanto mais dividimos momentos especiais com outras pessoas, mais eles tendem a se multiplicar em nossas lembranças. Essa era uma frase que voltava a sua cabeça sempre que sua vida dava um passo adiante. Já passava das dez e de uma dezena as vezes que Carol havia experimentado seu vestido de formatura. Só o toque do telefone foi capaz de impedir mais uma troca de roupa.
-- Alô?
-- Carol! Sou eu...
-- Pai!!! Tava pensando em você agora!
-- Ah, que bom filha! Eu penso em você toda hora... Sei que é um pouco tarde pra gente conversar, mas queria que você fosse pensando em uma coisa.
-- Diga. O que é?
-- Estive conversando com sua mãe e decidimos te dar de presente de formatura aquela viagem pra Itália que você sempre quis!
-- Não acredito!! Eu não podia querer outra coisa!
-- Pois bem, agora é só você se programar.
-- Muito obrigada Pai. Você são tudo pra mim! Beijo!
-- Outro, até logo.
Em um primeiro momento, Carol se pôs em primeiro plano e só conseguiu imaginar como seria sua viagem. Em um segundo momento, ela se pôs em segundo plano e começou a imaginar qual seria o impacto disso em sua relação. Pensar dessa forma parecia ser mais coerente naquele momento. O baile de formatura estava chegando, e com ele a chance dela dizer a Cláudio sobre sua possível partida.

Comentários

.raphael. disse…
Sabe o que eu mais gostei dessa parte.. foi o pensamento do pai dela.. de que na vida quanto mais dividimos momentos especiais com outras pessoas, mais eles tendem a se multiplicar nas lembranças!

E gostei do novo rumo que a estoria vai tomar! Gosto muito desses rumos repentinos!

Vai fundo!

Abraço Léo!
Salve Leo!

É curioso como os diálogos dão a impressão do tempo passar mais depressa, né?
Ou é só uma impessão minha mesmo? Alguns trechos parecem ser quase atemporais, enquanto outros, com mais diálogos, parecem acontecer como um relâmpago. (muito intenso em pouco tempo)

Achei muito boa a parte de passar das 10 e dezenas de provas de vestido. fico pensando no que o Cláudio estaria fazendo nesse mesmo tempo... rs

Abraços!
Anônimo disse…
Léo!
q bacana te conhecer, finalmente!
tudo bem q aquele lugar não é o melhor para bater o tipo de papo q a gente se propõe, mas...
outras oportunidades virão!

e essa sua história, heim?!
tá uma jóia! tô gostando muito!!!

beijão! :)
Vanessa disse…
OI Léo,estou acompanhando a história e estou super curiosa com o desfecho... Me parece que ja conheço essa história...hauahauahua
Mesmo distante de vc, saiba que gosto e penso muito em nossa amizade... bjsssss
X:)