Impulsos acelerados adiantam os passos para o impasse

... uma pessoa se torna inesquecível quando aprendemos alguma coisa com ela; por isso eles jamais iriam se esquecer.

1 de março de 2007. Para Carol e Cláudio os 3 meses vividos em Paris os fizeram pensar no quanto seria difícil voltarem a conviver separados no Rio. Reviver ou reeditar tudo o que passou era impensável. Eles queriam apenas usufruir e prorrogar ao máximo os efeitos positivos que aquele período causou na relação. Já Ana tinha planos diferentes. A sua volta ao Brasil lhe despertava o desejo de ir além a tudo que ela havia vivido nos dois últimos anos. O vôo decolou na hora prevista e lá do alto as luzes de Paris pareciam refletir um brilho diferente ao futuro de cada um dos três.
Já passava das nove da noite. As mães de Carol e Ana esperavam ansiosas pelas filhas. Dividir as angústias da espera fez com que elas compartilhassem algumas confidências e se conhecessem um pouco mais naquelas horas. Depois dos abraços intensos que sufocaram toda a tensão da espera tudo corria normalmente até dona Joana falar:
-- Nossa Carol, eu estava conversando com sua mãe e ela me disse sobre a sua viagem pra Itália. Eu jamais trocaria Roma por Paris. Ainda mais por ter sido uma sugestão dos seus pais e uma coisa que você sempre quis. Sinceramente eu não concordo com essas atitudes de submissão aos homens.
A mãe de Carol ficou sem palavras. Carol estava muito nervosa e a vontade de dizer tudo ao mesmo tempo para Joana lhe deixou confusa. No meio daquela troca certeira de olhares e se sentindo atingido Cláudio falou irritado:
-- Então a viagem que seus pais te prometeram era pra Roma Carol? Por que você não me disse isso? E pensar que ficamos três meses em Paris vivendo uma mentira, ou através de uma mentira. Você sabe que eu gosto das coisas muito claras e você não agiu assim comigo.
-- Cláudio! Como você é exagerado! Você não consegue perceber que eu fiz por nós? O que aconteceu com aquele Cláudio que sempre se colocava no meu lugar? Você mudou sim e pra pior. Passou do ponto. A sua imaturidade pra analisar as situações acaba comigo.
Cláudio estava muito irritado. A princípio, ele não percebeu que o principal ponto da discussão e que feriu todos os seus princípios não foi colocado por Carol e sim por dona Joana ao dizer que não concordava com “atitudes de submissão aos homens”. Ele sabia que jamais teria esta postura diante de Carol. Porém tudo estava muito recente e isso o fez decidir voltar com Ana e sua mãe e rejeitar, não a carona, mas o fato de ter de continuar próximo de Carol. Para ele, aquele tempo junto com ela até chegar em casa seria longo demias, e isso acabaria prolongando sua raiva. Como morava próximo ao aeroporto Ana deixou sua mãe em casa e seguiu com Cláudio até seu apartamento.
Os dois não trocaram quase nenhuma palavra no caminho, mas seus sentidos deixavam claro que estavam a caminho de satisfazerem um desejo que cresceu a cada dia no último mês e que foi potencializado pelo o que aconteceu no aeroporto. O carro parou e sem parar pra pensar em qualquer consequência eles se beijaram ardentemente. Os passos até o elevador eram tão firmes e decididos quanto a forma como Cláudio segurava Ana. O calor daquele momento os fez entrar quase sem perceber que já havia duas pessoas subindo.
-- Olá Ana!
-- Mateus?!
Ana estava com o semblante de quem tinha sido surpreendida. No mesmo instante a porta do elevador abriu e ela apenas disse a Cláudio que Mateus era um antigo amigo da época de faculdade. Ansioso, ele ignorou o fato, e depois de abrir a porta recomeçou os beijos intensos que agora se transformavam em pequenas mordidas pelo corpo de Ana. Seus corpos se tocavam com a mesma intensidade do rancor que ele sentia por Carol. Ana fechava os olhos e mordia os lábios deixando explícito seu prazer. Era uma entrega múltipla e constante onde inícios e fins pareciam se confundir.
Contra todos os valores morais, naquele noite, Ana apenas foi de encontro a uma situação, que com a ajuda de sua mãe, ela criou a seu favor.

Download da estória até esse ponto

Comentários

Robertinho disse…
O queeeeeee... colocando lenha na fogueiraaaa!! Êeee, dona Joana, tinha que falar besteira, hein? Tinha que causar, hehehehe....

Gostei que a mãe de Ana se chama Joana, assim eu não me confundo tanto, hahaha! E além disso, dá pra fazer uns trocadilhos, tipo "casa da mãe Joana", hahaha...

E esse Mateus, hein? Ele é um ex-namorado da Ana? E, só pra tirar dúvida, ele tava dentro do mesmo elevador com os amassos da Ana e do Cláudio? E a segunda pessoa no elevador, quem era?

Léo, show de bola, a história tá mto boa!

Abraços!
Robertinho
Ricardo Guedes disse…
AHAAAAAAAAA!!! eu sabiiiiiiiiiiaa!! a troca de casais ja começou!!
E como o robertinho disse, td foi acontecer la na "casa da mãe Joana"..

agora, o claudio, pra mim, errou 2 vezes: primeiro, ao interpretar de maneira errada a atitude da carol (influenciado pelas palavras de joana) e segundo por ter, logo na sequencia, trair a carol...

lamentaveis suas atitudes...
Si disse…
O Cláudio só precisava de uma brecha para fazer o que tanto deseja: ficar com Ana. Interpretou a frase da mãe Joana de propósito só para justificar seus atos. Deplorável!
Robertinho disse…
Ahhh, de propósito? Aí já não sei não... o cara é meio bobão, será que ele tem a capacidade de bolar uma certa interpretação pra acontecer isso? Não tô defendendo o cara, só tô questionando essa ligação da interpretação da fala da Joana e a intenção de ficar com a Ana.
.raphael. disse…
aeeee... ta esquentando o negocio!..hehehe
é isso ae.. se já trocou, já trocou!

entao q surja novas paixoes!

abraço